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A China foi um dos países mais afetados pelo novo coronavírus em todo o mundo |
Shenzhen, uma das maiores cidades
da China, anunciou nesta quinta-feira (2) que acrescentará o ato de comer cães
e gatos na proibição de comércio e consumo de animais selvagens, imposta
durante a pandemia do novo coronavírus.
Em seu site, o governo municipal
diz que essa é a regulamentação mais rigorosa já imposta em território chinês
desde que as autoridades nacionais iniciaram uma campanha contra o consumo de
animais. A ideia surgiu por suspeitas de que a pandemia de Covid-19 tenha tido
início em um mercado em Wuhan que vendia esse tipo de mercadoria.
A lista de animais terrestres
permitidos é limitada a porcos, vacas, ovelhas, burros, coelhos, galinhas,
patos, gansos, pombos e codornas, além de outras espécies listadas no Diretório
Nacional de Recursos Genéticos de Gado e Aves Doméstica, que também inclui
búfalos, camelos e cavalos.
Comer animais como cobras ou
lagartos é proibido. Contudo, a megalópole do sudeste também permitirá o
consumo contínuo de produtos aquáticos que não são especificamente proibidos,
tais como tartarugas e sapos.
Aqueles que continuarem comendo
animais selvagens terão que pagar multas de pelo menos 150 mil yuanes (R$
111.540), enquanto que aqueles que os vendem enfrentarão penalidades a partir
de 100 mil yuanes (R$ 74.360).
“Não há evidências de que os
animais selvagens sejam mais nutritivos do que as aves domésticas ou o gado. As
espécies permitidas para consumo podem atender às necessidades diárias das
pessoas”, disse o vice-presidente Escritório de Segurança Alimentícia do Centro
de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, Liu Jianping.
O executivo afirmou que, desde o
início da epidemia, o comércio e o consumo de animais selvagens têm
representado um grande perigo oculto para a saúde pública, algo que tem atraído
a atenção da sociedade.